O mercado da carne não reagiu internamente no início de agosto, sendo um início de mês fraco de demanda. Os abates no mês de julho foram altos, a exportação ajudou a escoar a carne, porém, no mercado interno esse excesso de carne manteve os preços estagnados. Ou seja, foi para o atacado e a demanda não aceitou pagar mais.
O cenário de mercado interno ideal, que gostaríamos de estar vendo, é a carne enxugando no atacado e os preços subindo para incentivar os frigoríficos a comprarem em abundância.
O outro cenário, que talvez possa se formar caso os confinamentos reduzam a oferta, é quando o frigorífico percebe uma falha na oferta de animais e corre atrás do boi para montar estoque, pois tem compromissos com a demanda externa e deseja garantir sua margem. Nesse caso, como a oferta se projeta menor, o frigorífico tenta discutir com o atacado novas precificações. O resultado é um período de inquietação, com uma disputa forte entre a indústria e o varejo.
Com a demanda interna fraca, precisamos de uma redução na oferta para que o mercado pressione os preços. As exportações são importantes, porque ajudam a enxugar o mercado interno brasileiro.
Pelo lado da oferta, é possível observar que se esta continuar elevada, o mercado não terá força. Então, será necessário um enxugamento da oferta para que esse mercado ganhe força e possa subir.
A última semana de julho não teve sustentação para continuar subindo. Por isso, teremos que ficar em alerta, pois este movimento de falha é o que puxa o mercado futuro, os preços e incentiva uma entrada de confinamento para o segundo giro. Quanto aos valores atuais, foi um primeiro semestre complicado para o produtor e agora vai ser formatado um novo quadro. Então, vamos ficar muito atentos! Estas próximas semanas vão indicar o que vai acontecer em termos de cenário.
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