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Diante das oscilações do mercado do boi gordo, conversamos com Alberto Pessina, fundador da Agromove, para entender as principais tendências, riscos e estratégias que podem ajudar pecuaristas a proteger suas margens de lucro.
Agromove: Alberto, quais são as principais tendências para o mercado do boi gordo neste momento?
Alberto Pessina: Estamos vendo um mercado que teve um período de alta, mas que agora começa a perder força. Um dos principais motivos é o aumento da oferta de animais, principalmente pela retomada dos confinamentos, que aproveitam as cotações elevadas e maior disponibilidade de bois de pasto. Além disso, o consumo interno de carne bovina tende a cair no início do ano, já que muitos consumidores migram para proteínas mais baratas, como frango e suínos. A alta na carne bovina no final de 2024 contribuiu significativamente para esta migração.
Outro ponto de atenção são as exportações. O Brasil é um grande fornecedor de carne para a China, mas as compras ainda não voltaram no ritmo esperado. Se isso persistir, podemos ter uma pressão ainda maior sobre os preços.
Agromove: Quais são os principais riscos que o pecuarista deve considerar nos próximos meses?
Alberto Pessina: O mercado do boi gordo é sempre volátil, mas neste momento alguns fatores exigem ainda mais atenção.
- Aumento da oferta: A chegada de mais animais ao mercado pode intensificar a queda nos preços.
- Redução da demanda interna: O consumo de carne bovina no Brasil costuma diminuir nos primeiros meses do ano.
- Exportações incertas: Sem um volume forte de compras externas, ficamos ainda mais dependentes do mercado interno.
- Oscilações no câmbio: A valorização do real pode prejudicar a competitividade da carne brasileira lá fora.
- Custos elevados: Mesmo que o boi perca valor, os custos de produção seguem altos, apertando as margens.
O produtor precisa estar preparado para lidar com essas incertezas e garantir que sua operação continue rentável.

Agromove: Diante desse cenário, quais estratégias você recomenda para o pecuarista se proteger?
Alberto Pessina: A melhor forma de evitar surpresas negativas é utilizar estratégias de proteção de preços, como operações no mercado futuro e de opções. São ferramentas que ajudam o pecuarista a travar preços e evitar grandes oscilações.
Muitos produtores ainda operam sem esse tipo de estratégia e acabam perdendo oportunidades de garantir preços elevados. O problema é que, quando os preços caem, eles não têm como reagir. Já quem trabalha com hedge, consegue ter maior previsibilidade e segurança.
Agromove: Como a Mentoria Mercado Futuro pode ajudar os pecuaristas nesse contexto?
Alberto Pessina: A Mentoria Mercado Futuro para Commodities Agrícolas é um programa de cinco meses no qual ensinamos pecuaristas a utilizar estratégias profissionais para a comercialização. Trabalhamos com o mercado futuro, opções e análises de tendência usando a plataforma Agromove.
Além disso, os participantes têm acesso a projeções de preços em 20 praças do Brasil, relatórios quinzenais e um acompanhamento próximo para que possam tomar decisões mais seguras e aumentar suas margens de lucro.
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